Dave conversou por telefone com a Rolling Stone, onde revelou nome, capa e data de lançamento do segundo álbum solo, detalhes da sua criação e desenvolvimento, além de divulgar 3 das 16 faixas!

K2 IS COMING!

Acompanhe a entrevista na tradução a seguir:

Dave Keuning, guitarrista do The Killers, anuncia novo álbum solo “Mild Case of Everything”.

Ouça três músicas do álbum, que foi inteiramente gravado no estúdio caseiro de Keuning em San Diego.

Dana Trippe

O guitarrista do Killers, Dave Keuning, teve um hiato indefinido da banda em 2017 devido ao esgotamento de sua pesada agenda de turnês – e ele não esteve envolvido com a criação do álbum “Imploding The Mirage” de 2020 – mas dificilmente esteve inativo. Dois anos atrás, ele lançou sua estreia solo “Prismism”, e seu segundo álbum, “Mild Case of Everything”, será lançado em 25 de junho.

“Muitas dessas canções foram mostradas ao The Killers e, por algum motivo, não foram usadas”, diz ele ao telefone de sua casa em San Diego. “E então eu as usei. Eu só não queria segurar algumas delas por mais tempo porque não estou ficando mais jovem. Eu queria terminar elas”.

As 16 músicas de “Mild Case of Everything” não são uma partida radical do som pop de sintetizador do Killers, inspirando-se em atos dos anos 80 como Depeche Mode e The Cars, mas há sons de guitarra mais pesados neste do que em “Prismism”. “Algumas pessoas comentaram que queriam mais guitarra no meu primeiro disco”, diz Keuning. “Eu fiquei tipo, ‘Tudo bem. Estou feliz em fazer isso’. Certamente não estou tentando seguir nenhuma tendência. E esta é a minha chance de tocar guitarra o quanto eu quiser”.

Keuning gravou o álbum em seu estúdio caseiro em San Diego no ano passado, tocando todos os instrumentos além de algumas faixas de bateria manuseadas pelo amigo Seth Luloff de Iowa, via e-mail. Keuning também lida com todos os vocais, algo que era muito novo para ele quando criou “Prismism”.

“Nunca estive superconfiante com meus vocais”, diz ele. “Sou muito tímido. Mas eu estava um pouco mais confiante desta vez, apenas tendo feito isso uma vez e meio que sabendo como minha voz soa. Acho que me diverti um pouco com isso e me preocupei um pouco menos”.

Ele está compartilhando três faixas com os fãs hoje, incluindo “Bad Instincts”. “Esse é um riff de guitarra que tenho há cinco ou seis anos”, diz ele. “É uma espécie de riff estranho, e é por isso que algumas das notas soam maiores do que o normal se você for um guitarrista. É provavelmente uma das minhas músicas mais pesadas do álbum”.

Ele também está oferecendo a música “Ends of The Earth”. “Eu estava tocando um acústico uma noite e tinha aqueles acordes”, diz ele. “Na verdade, toquei uma guitarra elétrica em Nashville, então soa muito aguda. E realmente trouxe à tona esses acordes. Tudo se uniu muito rápido”.

A terceira música, “No One Is Calling You a Liar”, é uma das muitas canções do álbum que refletem o caos político que envolveu o país nos últimos cinco anos. “Existem alguns mentirosos óbvios por aí”, diz Keuning. “Estou surpreso com quantas pessoas que são ingênuas e acreditam no que ouvem no rádio ou na TV. Eles ouvem mentira após mentira, após mentira e engolem tudo. Eu não entendo”.

Donald Trump é um dos mentirosos em questão? “Estou tentando evitar a política”, diz ele. “Direi apenas que tenho amigos e familiares que estão em todo o espectro. Eu não me importo com quem você é. Você tem que, no mínimo, admitir que Trump mentiu várias vezes ao dia nos últimos quatro ou cinco anos. Me dê um tempo”.

Uma de suas músicas favoritas do álbum é “Don’t Poke The Bear”, um épico que se estende por nove minutos. O riff dela vem de cinco anos atrás, mas ele não o terminou até uma noite, quando sua esposa estava fora da cidade e ele se viu em seu porão com uma guitarra nas mãos. “Continuei adicionando coisas nessa música até às 5 da manhã”, diz ele. “Era um monte de coisas peculiares. Eu não sabia se alguém iria gostar ou não, porém era definitivamente o meu guilty pleasure mais pessoal. Eu sabia que iria colocá-la no álbum, mesmo que todos odiassem”.

Keuning tocou em algumas apresentações ao vivo em 2018 e 2019, e ele espera ter a mesma chance novamente quando os shows retornarem. “Eu me diverti muito tocando ao vivo da última vez”, diz ele. “É complicado iniciar uma banda. Para levar as pessoas para a Inglaterra, por exemplo, eu amaria fazer de novo, mas tenho que pagar para todos irem para lá. Adoraria tocar na América novamente. E se parecer que há uma oportunidade de ir para a Inglaterra ou outro país, eu irei adorar”.

Seus shows solo não apresentam nenhuma música do catálogo do The Killers e atingem lugares com capacidade para 600 pessoas, como The Garage em Londres ou o Casbah em San Diego, com capacidade para 175, em oposição as arenas e estádios que o Killers costuma ser headliner. Mas ele diz que não se importa em trabalhar em uma escala muito menor. “Meus objetivos são bastante humildes para minha carreira solo”, diz ele. “Eu ia fazer esse álbum de qualquer jeito, mesmo que apenas três pessoas quisessem”.

Ouça agora mesmo as 3 faixas do “Mild Case Of Everything” que o Dave disponibilizou na plataforma SoundCloud:

Bad Instincts

Ends Of The Earth

No One Is Calling You A Liar

Fonte: Rolling Stone

P.S.: Favor não retirar a tradução sem os devidos créditos.